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Editorial

Na nossa última edição, uma reportagem mostrou o aumento no número de roubos a veículos em Anápolis no primeiro quadrimestre deste ano: 66% a mais em relação ao mesmo período de 2014. Essa modalidade de crime, mais violenta, pois o criminoso aborda a vítima e faz uso da força, física ou moral, para tomar o bem, infelizmente não é a única má notícia no setor de segurança pública.

Vivemos hoje em uma cidade onde semanalmente ocorrem casos de homicídios. Embora entendamos que não há justificativa para o assassinato, é válida a expressão “mata-se por nada” em Anápolis, onde usuários de crack perambulam em praça pública e são exterminados por traficantes por dívidas de R$ 10.

Especialistas sempre afirmam que o caminho seria a repressão aliada a uma conscientização do papel da família como porto seguro para jovens que são seduzidos diariamente pelo mundo do crime. Essa é a uma constatação antiga, repetida exaustivamente aos detentores de mandato. Então por que nada foi feito? A resposta percorre diversos caminhos, que culminam na inércia em relação a questões socialmente importantes, mas irrelevantes do ponto de vista de marketing eleitoral.

Há exceções, lógico. Em Anápolis mesmo temos a entidade Cruzada pela Dignidade, atualmente imbuída de um concurso/gincana que envolve milhares de estudantes cujo tema é a prática do bem. O Colégio da Polícia Militar Dr. Cezar Toledo é outro oásis em um deserto de boas práticas no setor público: forma estudantes exemplares com retidão de caráter, preparados para ocupar importantes postos na nossa sociedade.

Nessa última semana foi inaugurado em Anápolis o 38º BPM. A nova unidade da Polícia Militar não é um bônus. A cidade não está ganhando mais do que precisa, mas apenas amenizando o pesado fardo carregado por anos pelo 4º BPM, cuja extensão territorial de sua responsabilidade tornava o trabalho de policiamento quase impossível. Comemoremos, enfim, o que nos é de direito.

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