Home Editoriais Economia Anápolis tem semestre com saldo positivo de empregos

Junho é o pior mês do ano, mas não chega nem perto do mesmo período de 2014, com fechamento de 814 postos de trabalho. Apesar disso, 1º semestre teve saldo positivo

MARCOS VIEIRA

O mercado de trabalho de Anápolis fechou junho em queda, cenário que se repete desde abril na cidade. Foram fechadas 368 vagas com carteira assinada, como aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

É o terceiro mês consecutivo com resultado ruim. Em abril foram fechados 214 postos de trabalho. Em maio o saldo negativo foi de 177. Os três primeiros meses do ano foram de criação de vagas: 69 em janeiro, 321 em fevereiro e 667 em março.

Junho é o pior mês do ano, mas não chega nem perto do mesmo período de 2014, com fechamento de 814 postos de trabalho. As demissões chegaram a 4.794 naquele momento da economia em Anápolis. Agora, foram de 3.964 trabalhadores.

O comércio lidera as perdas na cidade em junho. Foram fechadas 230 vagas: 958 contratações ante 1.188 desligamentos. A indústria local também sofreu os impactos da crise nacional, com saldo negativo de 219 vagas.

O setor de serviços conseguiu se segurar em Anápolis, com 1.085 contratações e 1.038 demissões, ficando com saldo positivo de 47 postos de trabalho. A construção civil, que em junho de 2014 apresentou retração, fechou agora com 33 novas vagas criadas.

O primeiro semestre em Anápolis fechou com saldo positivo de 298 vagas. Foram 23.420 admissões e 23.122 demissões.

Geral

O Caged mostra que Goiás teve geradas em junho 1.863 novas vagas de trabalho. Com uma variação negativa de 0,27% em relação ao estoque do mês anterior, que acumula 40.860 milhões de vagas, o Caged indicou uma redução de 111.199 postos de trabalho no Brasil. Esse resultado foi menor que o declínio ocorrido em maio, quando foram suprimidas 115.599 vagas de empregos formais.

As maiores perdas de vagas foram registradas em São Paulo (-52.286), Rio Grande do Sul (-14.013), Paraná (8.893) e Santa Catarina (-7.921). Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, é preciso manter o otimismo quanto à recuperação da economia e dos postos de trabalho neste segundo semestre. “Apesar de ser mais um mês negativo, já podemos notar uma redução no ritmo das demissões. Isso será potencializado com a entrada do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com a consolidação das medidas do ajuste fiscal e de investimentos com os previstos no Programa de Investimento em Logística (PIL), além do FGTS, que vai continuar financiamento setores fundamentais como o da Construção Civil”, afirmou.

O Caged também apontou a manutenção dos resultados positivos do setor da Agricultura, que gerou, no período, 44.650 vagas de emprego formais e apresentou um crescimento de 57%. O panorama do setor agrícola, com um acumulado anual de 83.447 postos formais, impulsionou os efeitos na região Centro-Oeste, que apontou para um saldo positivo de 3.508 vagas no mês e de 33.178 no ano.

O setor de serviços apresentou elevação no número de postos em dois ramos, Serviços Médicos e Odontológicos e Instituições Financeiras. Houve desempenho negativo em quatro outros ramos, Comércio e Administração de Imóveis, Ensino – por motivo sazonal relacionado ao ciclo escolar –, Serviços de Transportes e Comunicações. Ao todo, foram 39.130 vagas a menos.

Na Indústria de Transformação, a retração ocorreu em todos os ramos, porém foi mais significativa na Indústria Metalúrgica (-9.027 postos), Indústria Mecânica (-8.841), Indústria de Material de Transporte (- 8.822) e Indústria Têxtil (-8.386).

 

1º SEMESTRE

EM ANÁPOLIS

Janeiro: 4.110 admissões e 4.041 demissões = 69

Fevereiro: 4.140 admissões e 3.819 demissões = 321

Março: 4.329 admissões – 3.662 demissões = 667

Abril: 3.535 admissões e 3749 demissões = -214

Maio: 3.710 admissões e 3.887 demissões = -177

Junho: 3.596 admissões e 3.964 demissões = -368

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