Home Editoriais Política Partidos deixam a articulação aberta para nomes e alianças

Por enquanto o PT com João Gomes é o único a apresentar nome para a disputa eleitoral de 2016, embora o partido terá que discutir também entre os aliados quem ocupará a vice

JOÃO AQUINO

ESPECIAL PARA O JE

Apesar das especulações, algumas sem nenhum sentido, o cenário político relativo à eleição a Prefeitura de Anápolis, em 2016, continua nebuloso. O único candidato que aparece em meio a essa cortina de fumaça é o atual prefeito João Gome (PT) empossado no cargo em 2014, no lugar de Antônio Gomide (PT), que renunciou para concorrer ao governo de Goiás, sem sucesso.

O presidente do PT de Goiás, Ceser Donisete Pereira, que responde pelas pastas de Comunicação e Meio Ambiente da Prefeitura de Anápolis, diz que não há qualquer nome preferido para composição para ocupar a vaga de vice-prefeito na chapa que será encabeçada por João Gomes. O petista prega parcimônia na condução do processo. “Não dá para passar o carro na frente dos bois”.

Ceser Donisete afirma que é preciso saber quem são os partidos que vão participar da coligação encabeçada pelo PT para só depois, de forma consensual entre todos eles, escolher o nome do candidato a vice-prefeito.

Segundo o presidente do PSDB de Anápolis, Fernando Cunha, ainda é necessária ampla discussão com os membros do tucanato e com os partidos da base aliada do governador Marconi Perillo na cidade para que haja a definição da chapa ideal para vencer a eleição. Ele garante que independentemente dos boatos, o PSDB terá candidato próprio ou, se isso for inviabilizado, poderá apoiar uma candidatura que represente as forças aliadas do governo estadual na cidade.

Os nomes mais citados no PSDB são os do deputado federal Alexandre Baldy; do próprio Fernando Cunha, que é vereador licenciado e hoje ocupa a Superintendência do Produzir/Fomentar; do pastor e superintendente da Indústria e Comércio da SED, pastor Victor Hugo Marques de Queiroz; da superintendente dos Direitos Humanos da Secretaria Cidadã, ex-deputada estadual Onaide Santillo; do presidente da AGR, empresário Ridoval Chiareloto e também o do chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, ex-deputado estadual, ex-conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, o advogado Frederico Jayme Filho.

G-4

O presidente do PSD anapolino, Tiago Souza, um dos coordenadores do G-4, afirma que levará uma série de demandas e ideias surgidas dos seminários promovidos pelos partidos nos bairros de Anápolis ao prefeito João Gomes, mas que isso não sinaliza qualquer aliança. Isso porque o grupo, que conta ainda com PPS, PHS e PEN, pode optar por candidatura própria a prefeito.

O G-4 tem como alternativas o empresário Vander Lúcio Barbosa (PSD), que desponta como um dos principais pré-candidatos a prefeito do grupo; pastor Elismar Veiga (PHS), que assumiu recentemente o Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas; ex-vereadora Gina Tronconi (PHS); ex-vereador Dominguinhos do Cedro (PEN); médico Olegário Vidal (PSD), dentre outros que possam surgir. Porém, Tiago Souza frisa que o G-4 está aberto a conversar com todos os partidos e que qualquer definição será tomada em conjunto.

PMDB e PP

O presidente do PMDB de Anápolis, vereador Eli Rosa, pretende que o partido siga as diretrizes do diretório estadual e lance candidatura própria à Prefeitura de Anápolis, visando ao fortalecimento das bases para futuras disputas. Pré-candidato do PMDB, Eli Rosa articula para que os filiados históricos e novos adeptos do partido coloquem seus nomes à disposição para candidaturas a vereador, deixando claro que, pelos menos por enquanto, o PMDB não analisa a possibilidade de lançar candidatura a vice-prefeito em nenhuma chapa.

Outro possível candidato que não pode ser desconsiderado é o ex-deputado federal Pedro Canedo, presidente do diretório do PP em Anápolis. A ascensão política do vice-governador José Eliton é um fator importante para impulsionar o lançamento de candidaturas do PP no máximo de municípios goianos, com ênfase para os grandes colégios eleitorais, como no caso de Anápolis, onde é preciso que o partido eleja vereadores que defendam o ideário pepista.

PSB

O PSB também quer voltar a ocupar espaço em uma chapa majoritária na disputa eleitoral de Anápolis. Em recente entrevista ao JE, o vereador Jakson Charles, vice-presidente da sigla na cidade, disse que esse é o propósito da executiva estadual e uma possibilidade ventilada pelos socialistas anapolinos.

“Acredito que o PSB participará de alguma forma [da eleição de 2016], seja na cabeça de chapa [prefeito], seja na disputa da vice-prefeitura”, afirmou o vereador. Segundo ele, a disputa “está aberta”. “Não vejo ninguém se despontando como o cara da vez. Vai ganhar a eleição aquele que fizer o melhor trabalho, que apresentar uma melhor proposta para que a população anapolina sinta firmeza”.

Portanto, o jogo ainda está em aberto e falta muita água para passar debaixo da ponte. Seja como for, a população de Anápolis terá diversas opções para a escolha do futuro mandatário do município, podendo, com tempo e paciência, hipotecar seu apoio àquele que melhor represente o momento histórico decisivo que a cidade vivencia.

Deixe um comentário