Home Geral Política com projeto planejado

Julio de Paula
Depois da janela para a troca de legendas dos atuais gestores públicos e das filiações de inúmeros pretensos candidatos aos cargos majoritários e proporcionais, com vistas às eleições do próximo mês de outubro, as siglas partidárias precisam pensar num projeto consistente e dinâmico, com o objetivo de fazer o bem à Cidade e aos anapolinos. Com a crise econômica que impera no País e o descrédito com a política e os políticos, novidades devem ser apresentadas. Até porque, em nível nacional, o povo provou este ano nas ruas que tem condições de dar uma resposta à altura da corrupção e dá má administração de quaisquer representantes dos poderes de uma Nação (caso Dilma e Lula).

Os eleitores se mostram a cada dia mais exigentes e atentos aos programas de governo e às ações dos gestores. E os pré-candidatos, sejam a prefeito, a vice-prefeito e a vereadores, não podem se basear mais no populismo para ganhar a confiança do eleitor, que não ficará mais inerte às atitudes nefastas de quem quer que seja. O populismo se concentra somente em angariar a simpatia das classes menos favorecidas da sociedade. Agora, a comunidade como um todo deve ganhar respaldo e ser abarcada num projeto planejado, sistêmico e com a participação da população.

Na verdade, é por meio dos desejos das pessoas que se faz a Cidade. Uma administração só pode ser bem-sucedida se a comunidade for consultada, ouvida, participativa. Então, os pré-candidatos podem assumir esse compromisso de pesquisarem os anseios do povo antes de pontuar suas propostas aos eleitores, após se tornarem candidatos reais, visto que a competição começará de vez. Nos últimos anos, o que se vê são políticos que fazem promessas mirabolantes e fazem pouco ou quase nada aos seus votantes. A população está cansada deste populismo, principalmente quanto ao Poder Executivo.

Em âmbito nacional, o sentimento de desamparo popular e a falta de esperança da população se tornaram evidentes com as séries de denúncias de corrupção e desvios de verbas públicas nos mais variados meios de comunicação. Querendo corresponder às aspirações do povo, os populistas organizam intermináveis narrativas e soluções que parecem sair de uma cartola de um mágico. Todavia a Cidade, o País, o Estado, necessita de alguém para corrigir erros e atenderem às pessoas em suas necessidades imediatas. Os pré-candidatos precisam compreender isso.

Só com um governo planejado, baseado na integridade, justiça e promoção social, é que as mudanças atingirão um objetivo positivo e favorável à população. Hoje, por exemplo, já não basta pensar um Município apenas na infraestrutura, saúde e na educação como pontos de partida para uma grande administração. Isso é passado. O combate à crise econômica, a valorização profissional, o poder de compra, o transporte coletivo, a mobilidade urbana, o saneamento básico e a segurança pública também integram uma pauta de verdade do que espera a população.

O jeito de fazer política na Cidade, assim como no País, tem de melhorar consideravelmente. Todas as carências, as necessidades, as vicissitudes da população, isto é, tudo isso passa nas mãos do gestor municipal que, apoiado por um Legislativo forte e ativo, faz do povo vencedor e orgulhoso do lugar em que mora. O populismo tem de ser deixado de lado e a comunidade como um todo precisa ser beneficiada a contento.

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