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Editorial

Abril de 2016. Em Anápolis, são 15 pré-candidatos a prefeito. O número excessivo de postulantes ao cargo de chefe do Poder Executivo ultrapassa qualquer outro da história recente. Está difícil, inclusive, de encontrar vices. Todo mundo é cabeça de chapa.

Alguns analisam que o atual cenário brasileiro acaba levando a esse inchaço de candidaturas. Em momentos de crise, muita gente entende que surge a oportunidade para conquistar seu espaço no restrito mundo da política.

Nesta eleição, assim como as demais, a palavra de ordem é que o eleitor procura o “novo”. Entende-se, em um primeiro momento, que basta não ter ocupado cargo eletivo ou, para os mais ‘puristas’, não ter nem militado na política, que os votos vão ser conquistados naturalmente.

É lógico que não é bem assim. Há um ensinamento – e os honestos esperam que sim – nessa crise política que insiste em não acabar no País. O principal seria a necessidade de o eleitor analisar de verdade os planos de governo dos candidatos.

Anápolis tem 15 pré-candidatos a prefeito, mas ninguém sabe minimamente qual a bandeira de cada um deles. O que cada um pretende priorizar ao vencer a eleição? O que lhe mais aflige na hora que observa a cidade?

Temos um sistema eleitoral moderno, do ponto de vista da Justiça Eleitoral, mas perdemos muito no que diz respeito ao aproveitamento de uma pré-campanha e campanha para o debate de ideias. Aqui, a fase pré-eleitoral significa uma disputa de poder. Não se vence uma convenção pelas ideias, mas sim através da capacidade de aglutinar apoiadores.

Mas afinal, quem pode mudar isso? O eleitor. Aproveitemos as redes sociais para inundar os pré-candidatos de perguntas sobre o que ele pensa da cidade, o que pode fazer para melhorá-la e, até mesmo, qual seu posicionamento sobre temas importantes para a sociedade. Nunca é demais repetir: com uma campanha mais curta, é preciso se interessar pelo processo eleitoral desde a fase embrionária. Não há tempo a perder quando o que está em jogo é o futuro da nossa cidade. Leia, discuta e analise. Tenha a mente aberta para ouvir, inclusive, o contraditório. Somos anapolinos, não adversários um dos outros.

 

 

 

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