Home Geral Votando aleatoriamente, por Iron Junqueira

IRON JUNQUEIRA

O desejo de enriquecer-se facilmente, em alguns casos, é tamanho que em época eleitoral, são quase 500 candidatos pleiteando os cargos de vereadores e prefeitos e seus respectivos vices, em cada cidade, nas proporções de Anápolis, que a gente nota o quanto, alguns, são oportunistas; candidatam-se, mas sequer, entram em disputa. Seria para, após, cederem o cargo a outrem ou receber uma ajuda financeira, meramente?

Ou os cargos para os que sejam eleitos, devem ser bastante vantajosos. E de fato o são, o cara nem precisa ter escolaridade para se meter a fazer leis, quando mal sabe escrever o nome ou ler sua legenda na hora da gravação televisiva. — “Votar bem é votar no Zé”.

Têm alguns tão obstinados que ficam insistindo de eleição a eleição, ganhando ou perdendo, elegendo-se ao pretendido cargo ou não.

Muitos deles saem derrotados e, mesmo assim, arranjam uma desculpa qualquer, mas não assumem que foram publicamente afastados de sua pretensão e, no próximo pleito, ei-los de volta, solicitando seu valioso votinho. E seguem insistindo, insistindo, e só param de repetir nas campanhas quando são interrompidos pela morte.

Grande parte dos candidatos, na verdade, está em busca de emprego, principalmente agora, que Dilma deixou 1 milhão e 500 mil desempregados, alegando ter sido Michel Temer que desempregou tanta gente, quando é somente agora que o marido da bela Marcela começou a administrar o país mais rico de entre os maiores. Só não sabemos disso e nem sabemos administrá-lo. Nóbio, café, soja…

Quanto aos políticos já eleitos, Deus do Céu! O quanto insistem em se reelegerem! Isto porque os cargos eletivos são altamente nababescos. Suponhamos, o deputado tem seu cartão corporativo, válido para a esposa (a outra, de forma oculta); aos filhos, quantos forem, aos assessores, que já recebem pelos seus serviços, do governo; advogados, quantos precisarem; no mínimo uns 20 serviçais, cozinheiras, lavadeiras, garçons, copeiras, e visitas para dar a impressão de muito trabalho, excesso de expedientes com o pessoal do estado que representa; auxílio aluguel, carros, motoristas, seguranças, passagens aéreas para qualquer parte do Brasil ou fora dele; para gastos extras e infinitas oportunidades de negociatas e patranhas, tramoias ocultas e abusos de poder, mudanças de finalidades e explorações de simplórios e amigos estranhos que surgem de toda parte, além da imunidade. Pode?

Há pessoas que são senadores há 40 anos e outros, deputados, 10, 20, 30. Eles gostam! Passaram toda uma existência vivendo como marajás e, já, visando as próximas eleições; não abrem espaços para novos representantes do povo, saem quando são enxotados do poder ao impulso de pontapés do impeachment e outras consequências: Collor de Melo, João Alves, Lobão, Sarney. Jader Barbalho, Humberto Costa, Marta Suplicy, seu ex,Eduardo, aquelas gralhas baleadas (que tanto gritam). Estes jamais querem largar o posto. Não largam o osso sequer quando chega a carrocinha.

Não sabem fazer outra coisa, senão mexer com política. Só em Goiás a maioria dos velhos que conhecemos vem na folia da politicagem desde mal saídos da adolescência. Vocês os conhecem.

Não fizeram um curso técnico ou não terminaram seus cursos universitários, se é que chegaram até lá quando perderam seus mandatos pela vez primeira? Gostam do posto assim como o pastor gosta do púlpito. Aliás, eles até se parecem!. Onde abunda a grana abundam eles!

Vamos dar chance aos outros, aos novatos, aos que nunca se envolveram com política exatamente por conta de tanta sujeira e corrupção, por parte de alguns (muitos ou poucos?). Toda vez são os mesmos apesar de ser a 20ª vez que se candidatam!

Há doutores da política que mal dão conta de dirigir um carro, uma firma ou um carrinho de picolé e se consagram como gênios na arte de governar, mas repetindo as mesmas obras, o mesmo discurso, as mesmices mentiras?

Ora, mudemos os votos, os candidatos, ou deixemos, de uma vez por todas, de votar. Tem gente que, não votando, acerta mais.

Na porta de uma urna no SENAI, duas mulheres chegaram para executar o ato cívico, uma disse à outra.

— Em quem vamos votar? Ao que a segunda mulher respondeu:

— Eu nem sei! Vou pegar um santinho no chão, aquele que eu pegar, eu voto. Pegou e exclamou: Ih, não sei ler o nome, mas o número eu sei.

A outra tomou a mesma atitude, lendo somente.

— O meu é nº 24.

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