Home Editoriais Cidades Presídio de Anápolis tem melhorias em 2016 com nova gestão

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FERNANDA MORAIS

O diretor do Centro de Inserção Social de Anápolis (CIS), Fábio de Oliveira Santos (foto), elaborou um relatório com as melhorias que foram implantadas no presídio desde quando assumiu a coordenadoria do local, em janeiro deste ano. Uma das principais correções estruturais da unidade, que já está em fase de conclusão, é o aumento da altura do muro que foi construído em 1987 com 2,5 metros e agora passa a ter 3,5 metros.

Outra obra que está praticamente pronta é a construção de uma nova ala para alojar os presos idosos. O projeto inclui a construção de celas com 15 vagas e tem previsão de serem inauguradas ainda este ano. Para concluir esta etapa do serviço falta apenas a aquisição das camas. Com a melhoria, a unidade prisional de Anápolis é a única de Goiás que tem um espaço para idosos separado dos presos de outras idades.

presidioForam construídos cinco novos parlatórios (foto) onde antes existia apenas um. Com aumento progressivo da população carcerária, o diretor do presídio considerou a medida necessária para garantir que o preso tivesse acesso aos seus advogados sem muita espera. “Os defensores ficavam horas em uma fila para falar com os seus clientes. Com esses cinco parlatórios, as oitivas serão mais rápidas e privativas obedecendo às normas do sigilo”, comentou.

Além dessas melhorias, foram realizadas ainda a reforma de 65 celas com pintura da parte interna, troca de pisos e instalações elétricas e hidráulicas; a construção de uma área adequada para lavagem de roupas dos presos com seis tanques para os homens e dois para as mulheres; a reforma da área onde os internos fazem artesanato e a pavimentação de um espaço de 3 mil metros quadrados com a demarcação de um campo de futebol. No local da prática esportiva, foi erguida uma cobertura metálica de 450 metros quadrados para os internos encontrarem seus familiares nos dias de visita.

Para o próximo ano, o diretor informa que está pleiteando junto a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), recursos para reformar o refeitório dos servidores penitenciários e a construção de dois banheiros no alojamento dos agentes. “É um calor muito grande no refeitório, incomoda na hora das refeições. O trabalho aqui é pesado, então temos que buscar melhorias também para os colaboradores”, disse Fábio.

Convivência
O diretor do presídio considera que todas essas medidas foram fundamentais para diminuir as fugas e melhorar a convivência entre os presos. Segundo ele, a unidade prisional de Anápolis tem hoje 285 vagas, mas recentemente chegou a abrigar 689 detentos entre homens e mulheres. “É muita gente, sem condições dignas de alojamento, os problemas de convivência aumentam. Também estamos obedecendo ainda o que preconiza a Lei de Execução Penal no que diz respeito a assistência material ao preso. Isso inclui fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas”, justificou.

Fábio de Oliveira Santos falou sobre o empenho que ele e sua equipe tem para promover ações sociais, evangelizadoras e educacionais para os reeducados. Destaque para o número de internos matriculados na escola que funciona no presídio. São 205 matriculados no ensino fundamental e médio. “Temos alunos que vão fazer a prova do Enem que, para presos em todo Brasil, acontecerá nos dias 13 e 14 de dezembro”, informou.

Para finalizar o relatório, o diretor disse que na área da saúde foi firmado um convênio com uma universidade particular de Anápolis, que rendeu a instalação de duas cadeiras odontológicas destinadas ao atendimento dos presos. Os consultórios odontológicos também foram reformados. Além disso, os reeducandos têm assistência de dois médicos, uma enfermeira, quatro técnicos em enfermagem, uma assistente social e um psicólogo.

“Pela primeira vez conseguimos trazer um profissional da psicologia da Junta de Avaliação e Perícia que veio de Goiânia. Anápolis é a única cidade de Goiás, fora a capital, que consegue fazer o exame criminológico psicológico, evitando gastos com despesas de remoção do preso e o uso de três servidores somente para a escolta prisional até Goiânia. Esse profissional colabora ainda com a agilidade no atendimento as demandas do Judiciário”, concluiu Fábio.

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