Home Editoriais Economia Anápolis volta a criar novas vagas de emprego após uma forte retração

Números ainda não são tímidos, mas é um alento depois de um 2016 com perda de 2828 vagas de emprego em Anápolis. Só em dezembro, a cidade perdeu 679 postos de trabalho

MARCOS VIEIRA

O mercado de trabalho em Anápolis começa o ano de 2017 com números positivos, seguindo tendência nacional e dando esperança, também no cenário local, de que a crise pode começar a ser dissipada. Em fevereiro, foram abertas 60 novas vagas de emprego com carteira assinada em Anápolis. Em janeiro o saldo também foi positivo, com 72 novos postos.

O cenário está bem longe do que era Anápolis há cinco anos, por exemplo, mas é um alento. Em dezembro de 2016, a cidade perdeu 679 empregos formais, um resultado desastroso, principalmente quando se fala no último mês do ano, geralmente de alta devido às vagas de emprego temporário abertas no comércio.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Em fevereiro deste ano foram 2881 contratações e 2821 demissões em Anápolis. A indústria, com criação de 22 novas vagas, e o setor de serviços, com 102 postos, foram destaques no mês. O comércio não teve a recuperação esperada: foram fechadas 70 vagas.

Indústria e serviços também foram os destaques em janeiro deste ano, com abertura de 55 e 88 novos postos de trabalho, respectivamente. O comércio perdeu 77 vagas. Ao todo, em toda a economia local, foram 2854 admissões e 2782 desligamentos, com saldo positivo de 72 postos.

Há um ano, em fevereiro de 2016, a situação era pior. Anápolis perdia 282 vagas de trabalho naquele mês, com resultados ruins nos três principais setores: comércio (perda de 198 postos), construção civil (-88) e indústria (-12).

O ano todo de 2016 representou uma retração considerável na economia anapolina. Foram fechados 2828 postos de trabalho com carteira assinada. A indústria, um dos pontos fortes do município, com o principal distrito de Goiás, perdeu 981 vagas. O setor de serviços apresentou saldo negativo de 721 postos. Comércio (-636) e construção civil (-401) também tiveram resultados desastrosos.

Nacional
Depois de 22 meses em queda, o Brasil voltou a gerar empregos. Dados do Caged, divulgados na quinta-feira (16), mostram que 35.612 novos postos foram criados em fevereiro. Esse resultado foi ainda o maior para fevereiro desde 2014, quando foram gerados 260 mil postos. Entre os grandes ramos observados pela pesquisa do Ministério do Trabalho, a maioria ficou no azul.

O melhor desempenho do mês foi do segmento de serviços, com 50.613 novos postos criados. A administração pública ficou em segundo lugar, com 8.280 vagas. A lista segue com agropecuária (+6.201), indústria (+3.949) e serviços industriais de utilidade pública (+1.108). Já os ramos de extração mineral, construção civil e comércio ficaram com saldo negativo no mês passado.

Entre as unidades da federação, 14 registraram saldo positivo e 13 ficaram no negativo. Os estados que geraram mais empregos foram São Paulo, com 25.412; Santa Catarina, com 14.858; e Rio Grande do Sul com 10.602.

Avaliação
Para os especialistas, o resultado veio melhor que o esperado. O pior momento da economia parece que ficou para trás, no último trimestre de 2016. A retomada, no entanto, não deve ser linear. Os indicadores terão altos e baixos. Mesmo com o resultado positivo do Caged, é provável que a taxa de desemprego aumente nesse começo de ano. O mercado de trabalho ainda não consegue absorver toda a procura por emprego. Sobre a atividade, há uma pequena chance de o PIB poder ficar positivo já nesse primeiro trimestre.

Empresas
A crise no mercado de trabalho em 2016 é reflexo do fechamento de empresas. Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da Juceg (Junta Comercial do Estado de Goiás), levantados pela reportagem do JE, mostraram que 581 empresas foram extintas na cidade apenas no ano passado.

Cerca de 40% das 581 empresas extintas tinham apenas dois anos de existência, ou seja, nasceram na crise e não resistiram. Já 26% delas tinham entre três e cinco anos de fundação. O que estes dados demonstraram é que em 2016 só se mantiveram abertas as empresas com amadurecimento maior.

O portal da Juceg na internet apresenta o número de registros, que corresponde à abertura de empresas, e também os de extinção delas. Em 2016, Anápolis ficou em 3º lugar no número de registros de empresas com 946 novas pessoas jurídicas, ficando em 1º lugar Goiânia e em 2º, Aparecida de Goiânia. No mesmo ano, o número de baixas das empresas em Anápolis foi de 581 extinções. Em comparação com 2015, foram 939 registros e 337 extinções, ou seja, o volume no ano passado aumentou em relação ao anterior, porém a diferença entre aberturas e baixas de empresas diminuiu.

SetorJan.2017Fev.2017
Extrativa mineral-5-2
Indústria de transformação5022
Serviço da indústria de utilidade pública6-3
C0nstrução civil115
Comércio-77-70
Serviços88102
Administração pública-1-1
Agropecuária07
Total7260
1 resposta a este post
  1. mentira pode ate contratar mais eles coloca jovem aprendiz paga metade do profissional e manda quem trabalha embora que sao os que tem experiencia

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