Home Geral O divino dom do perdão | por Iron Junqueira

Quando estivermos trabalhando para o Bem, colaborando com o surgimento da paz, do amor e da fraternidade nos corações humanos e o nosso trabalho estiver dando frutos, bênçãos e flores de entendimento, concórdia e alegria, então sentiremos as trevas se arvorarem contra nós, tentando, a todo custo, silenciar a nossa voz, paralisar os nossos braços, atrapalhar a nossa marcha, prostrar-nos vencidos e neutralizar os nossos mais dignos esforços.

E os companheiros tantas vezes beneficiados por nós surgirão à nossa frente na condição de cruéis acusadores e de inesperados semeadores da ingratidão, da hipocrisia e da deslealdade. E nos mancharão o nome maculando-nos também a conduta. Descobrirão em nós até os defeitos que não temos. Menosprezarão a nossa presença. Não enxergarão valor algum em nossas ações. Humilhar-nos-ão perante todos, conquistando consciências invigilantes contra nós. Culpar-nos-ão de seus erros. Dirão que somos responsáveis pelas suas fraquezas, pelas suas quedas e pelas suas torpezas.

São os tarefeiros das sombras, encarnados e desencarnados, que para nos atrapalharem e evitarem o espargimento da Luz e das Verdades Consoladoras se movimentam com todos os seus recursos, num desespero inominável, chegando mesmo a se investirem contra nós através de amigos, parentes e desconhecidos transformados repentinamente em verdugos e perseguidores gratuitos.

Os espíritos das trevas estão sempre no encalço dos que fazem raiar a Luz e surgir o Amor, porque eles não gostam dos que trabalham sem esmorecimento. E nem dos que fazem o bem sem interesse ou sem olhar a quem.

Através de nossas velhas afeições, de parentes ou amigos às vezes, como aliás já foi dito, essas entidades infelizes a serviço do mal, inspiradas pelo despeito e sentimentos espúrios, esparramarão todas essas inquietações pela extensão dos nossos caminhos, se é que estamos realmente decididos a acertar, trabalhando para o bem de todos e, consequentemente, pela nossa redenção. E tudo isto apenas para não alcançarmos a glória espiritual que, aparentemente, nos distanciarão deles.

Mas não nos inquietemos por isso. Nada do que fizerem contra nós nos atingirá, pois se existem forças contrárias ao nosso progresso espiritual, é natural que existam forças muito maiores que nos protegem e nos estimulam a continuar melhorando sempre e progredindo cada vez mais. E se Deus ama até mesmo os que nada fazem de especial, com que carinho muito maior, então, não olha pelos que tudo fazem para se melhorarem?

Abençoemos as ocasiões em que estivermos sendo humilhados e injustiçados por causa do Cristo. Agradeçamos a Providência Divina o ensejo que nos dá de resgatarmos tão incômodos e velhos débitos para com ela e o próximo. E aos encarnados e desencarnados que nos prejudicam, aprendamos a perdoá-los e a ajudá-los cada vez mais e infinitamente, revidando, assim, todo mal –– com todo bem ao nosso alcance.

Se assim agirmos, a Luz do Alto se fará em nós, por nós e para nós, bem como se estenderá em favor de todos os que, até então, nos prejudicavam, nos perseguiam e nos caluniavam.

…Aprendamos finalmente, com Jesus, a exemplificar, no silêncio da humildade, o divino dom do perdão.

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