Home Editoriais Política Eleições 2018: disputa para deputado federal promete ser acirrada em Anápolis

Em 2014 quando cidade lançou cinco nomes, foram eleitos Rubens Otoni e Alexandre Baldy como representantes da cidade em Brasília

FERNANDA MORAIS

No dia 7 de abril foi encerrado o período para as filiações partidárias. Mesmo assim a movimentação política continua em Anápolis no sentido das definições dos cargos que os candidatos pretendem disputar nas eleições de outubro desse ano. Até o momento, a expectativa é que Anápolis lance pelo menos oito nomes para o Congresso Nacional.

O número chama atenção porque quanto mais candidatos disputando o mesmo cargo, menores são as chances de aumentar a representatividade da cidade em Brasília. A pulverização dos votos, infelizmente, é uma marca registrada da cidade. Isso sem contar que tradicionamente os eleitores anapolinos tem o histórico de votar em candidatos de outros municípios, os chamados ‘forasteiros’.

Rubens Otoni é o candidato natutal do PT para releição. O petista acumula mandatos de deputado federal consectivos desde 2002. Caso vença novamente as eleições desse ano ele caminhará para sua quinta eleição para a Câmara Federal representando Anápolis em Brasília.

Confirmando o que disse quando assumiu o Ministério das Cidades, o deputado federal Alexandre Baldy recentemente se filiou o PP e deve assumir a presidência do partido em Goiás. Mesmo assim ele não vai disputar o pleito de outubro. Assim a expectativa é que o pepista permaneça no governo do presidente Temer até o final do ano.

Não participando das eleições como candidato, Alexandre Baldy deve apoiar o ex-vereador Fernando Cunha, que se filiou ao PP no último final de semana e pretende disputar uma vaga no Congresso Nacional. Cunha já afirmou que está entusiamado com os projetos para sua candidatura e agora busca apoio para fortalecer o seu nome tanto na cidade quanto nos municípios vizinhos.

O ex-prefeito Adhemar Santillo (PSDB) disse que está a disposição de seu partido para ser testado novamentes nas urnas e o seu desejo é a Câmara Federal. Considerado um político experiente, o útlimo cargo eletivo disputado pelo tucano foi o de prefeito de Anápolis em 1997. Santillo também acumula experiência de dois mandatos em Brasília entre as décadas de 70 e 80.

O atual presidente do PODE, Valeriano Abreu já confirmou que vai disputar o pleito de 2018 como candidato a deputado federal. A princípio, o seu projeto político era ser candidato à Assembleia Legislativa, mas ao considerar seus 23.520 votos conquistados nas eleições municipais de 2016 para prefeito de Anápolis, ele definiu lançar sua candidatura para o Congresso Federal.

O vereador Jakson Charles, presidente do PSB municipal, informou que seu partido pretende lançar para a Câmara Federal o nome do médico José Fernandes. O PTC apresentou o nome de do cantor Samuel Santos, da dupla gospel, Daniel e Samuel. O advogado aposentado da Polícia Federal, que inicialmente seria candidato ao Governo de Goiás pelo PMN, agora está filiado ao PSL e também está em busca de uma cadeira em Brasília. Por fim, a novidade nos notíciários políticos de Anápolis é o nome de Isael Pantera que novamente poderá sair como o candidato a deputado federal pelo PHS. Seu nome foi confirmado na disputa pelo presidente do partido, Pastor Elismar Veiga em entrevista concedida ao radialista Lucivan Machado da Rádio Manchester.

Embora não tenha domicílio eleitoral em Anápolis, o presidente do PTB em Goiás, deputado federal Jovair Arantes é considerado um defensor da cidade no Congresso Nacional. O político é muito próximo do prefeito Roberto Naves (PTB) e tem auxiliado o chefe do Executivo a conseguir benefícios para o município em Brasília. Jovair seria então o 9º nome que representaria a cidade no Congresso.

Histórico
Na eleição de 2014, quando o município lançou apenas cinco nomes, foram eleitos Rubens Otoni (PT) e o atual ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP) na época filiado ao PSDB. Os outros concorrentes que não tiveram êxito no pleito foram Valdair de Jesus, candidato pelo PTB, Fabrício Salvador pelo PSOL e Isael Pantera pelo PHS.

Em 2010, além do eleito Rubens Otoni, tentaram uma vaga na Câmara Federal a ex-vereadora Miriam Garcia (PSDB), o atual chefe de gabinete do prefeito Roberto Naves, Gérson Sant’Ana (então no PHS, hoje no PRB), Domingos Paula de Souza (então no PTB, hoje no PV) e Dênis Robson, pelo PMDB.

Em 2006, eram seis candidatos. Entre os não eleitos estavam Pedro Canedo, na época pelo PP, hoje DEM; Romualdo Santillo; Wesley Silva, à época PMDB, hoje filiado ao PSDB; e Sebastião Reis (PSB).

Antes de 2002, quando Rubens Otoni foi eleito pela primeira vez deputado federal, Anápolis manteve sempre dois nomes na bancada goiana no Congresso Nacional. Somente na legislatura de 1991 a 1994 que os anapolinos não tiveram ninguém na Câmara Federal.

Entre 1983 e 1986, Fernando Cunha e Adhemar Santillo foram os dois deputados federais da cidade, ambos eleitos pelo PMDB. Já de 1987 a 1990, a bancada anapolina contava com Fernando Cunha (PMDB) e Pedro Canedo (PFL). A legislatura que foi de 1995 a 1998 contou com Lídia Quinan (PMDB) e mais uma vez com Pedro Canedo.

Já o ano de 1978 foi um dos mais importantes na histórica política local. Naquele pleito Henrique Santillo foi eleito senador pelo MDB e a cidade conquistou três vagas de deputado federal: Adhemar Santillo e Fernando Cunha pelo MDB e Jamel Cecílio pela Arena. Foram ainda quatro deputado estaduais: Wolney Martins, Milton Alves e Joceli Machado pelo MDB e Habib Issa pela Arena.

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