Home Editoriais Política Definidos os candidatos, começa a corrida pelo voto

Ronaldo Caiado (DEM), José Eliton (PSDB), Daniel Vilela (MDB), Kátia Maria (PT), Weslei Garcia (PSOL) e Marcelo Lira (PCB) são os políticos que vão às ruas nos próximos dias, ao lado de um exército de outros postulantes, para tentar conquistar o voto do eleitor

Coligação de Caiado tem 13 partidos
O senador Ronaldo Caiado (DEM) foi confirmado candidato a governador de Goiás em convenção conjunta Caiadorealizada em Goiânia, no sábado (4.ago). A chapa majoritária da coligação “Arrocha, Goiás” tem como candidato a vice-governador o deputado estadual Lincoln Tejota (PROS) e na disputa ao Senado Wilder Morais (DEM), que tenta a reeleição, e o vereador de Goiânia Jorge Kajuru (PRP).
São 13 partidos unidos em apoio ao projeto: DEM, DC, Podemos, PMN, PMB, PPL, PRP, PRTB, PSC, PSL, PTC, PROS e PDT. Organizadores estimaram que pelo menos 8 mil pessoas estavam presentes na convenção, realizada no Clube Jaó. “No momento em que o Brasil desacredita da classe política, chegando a se abster de votar, estamos vendo um público que não coube aqui no salão, com gente lá fora”, disse Ronaldo Caiado.
Nascido em Anápolis, médico e proprietário rural, Caiado foi deputado federal por 20 anos, entre 1991 e 2015, quando foi eleito senador para um mandato que termina em 2022. Chegou a ser candidato a presidente da República, em 1989, primeira disputa após a redemocratização, ficando em 10º lugar.
O senador se colocou ao longo da pré-campanha como o principal nome da oposição ao governo de Goiás, inclusive trazendo para o seu lado o radialista Jorge Kajuru, um dos principais desafetos de Marconi Perillo (PSDB), principal liderança do grupo que está no poder.
Caiado disse que a convenção que homologou sua candidatura era um dos mais importantes eventos dos últimos 20 anos da política em Goiás. pois marcava “o primeiro passo para devolver Goiás aos goianos”. “O nosso Estado foi sugado, dilapidado, e nós vamos responder às demandas da população, resgatando o orgulho dos goianos. Vamos limpar a máquina pública de Goiás para que possamos administrar com competência. Aí sim o dinheiro público vai se multiplicar”, explicou.
Ronaldo Caiado lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Em seu discurso ele deu ênfase à principal demanda apresentada pela população, a segurança pública. Ele prometeu que acabará com salário de R$ 1,5 mil para policiais militares, valorizando toda a carreira e investindo em inteligência.

Aliança de José Eliton soma 11 siglas
José Eliton2Atual governador de Goiás, candidato a reeleição, José Eliton teve seu nome oficializado pelo PSDB em convenção realizada no domingo (5.ago), no Goiânia Arena. A principal novidade no último dia para definição das chapas foi o anúncio da ex-secretária estadual de Educação Raquel Teixeira como candidata a vice-governadora – ela também já foi deputada federal.
A chapa majoritária tem ainda como candidatos ao Senado o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e a senadora Lúcia Vânia (PSB). Até o fechamento dessa edição, 11 partidos formavam a coligação: PSDB, PSB, PTB, PSD, PPS, PR, SD, PV, Rede, Avante e Patriotas.
José Eliton falou sobre a unidade da base aliada e disse que uma das forças da sua candidatura é o apoio de prefeitos e lideranças municipais. Trata-se do candidato que o prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PTB), irá apoiar. “Temos o maior tempo de televisão e as condições políticas para empreendermos uma campanha vitoriosa. A população fará uma reflexão e poderá escolher o melhor projeto”, afirmou José Eliton.
Tido como um dos principais puxadores de voto para a coligação, Marconi falou sobre o novo rumo da política no Brasil e adiantou propostas, caso seja eleito ao Senado. “Minha primeira proposta será redução do número de senadores e deputados, reduzindo os gastos. Também pretendo priorizar o aporte de maior recurso para a Segurança Pública e Educação”.
Há 20 anos no poder em Goiás, o PSDB tem o desafio de defender seu legado e ao mesmo tempo dialogar com um eleitorado que dá claros sinais de ojeriza à política da forma como ela é feita. Nesse sentido, os governistas entenderam ser importante uma figura como Raquel Teixeira na vice. “Não tenho dúvida de que quem facilitou a decisão foram as mulheres, os professores, a juventude, os atletas, os LGBTs, que foram para as redes sociais apoiar meu nome. Agora vamos apresentar novas ideias, atitudes e novos compromissos. É essa a nova política que o Brasil apoia”, disse a candidata a vice.
José Eliton é o atual governador do Estado de Goiás, após ocupar a vice-governadoria por sete anos e três meses. Natural de Rio Verde, ele é advogado.

Daniel garante apoio de PHS e PRB
Daniel VilelaO MDB terá como candidato ao governo de Goiás na disputa eleitoral deste ano o deputado federal Daniel Vilela. A chapa majoritária encabeçada pelo emedebista tem o apoio do PHS e do PRB. Seu candidato a vice-governador não havia sido definido até o fechamento dessa edição – a espera era pelo PP. Já os nomes que disputam o Senado são Agenor Mariano (MDB) e Pedro Chaves (MDB).
O nome de Daniel foi oficializado em convenção realizada no sábado (4.ago), em Goiânia. O emedebista disputa com Ronaldo Caiado (DEM) o posto de principal nome da oposição na eleição, o que implica em uma polarização com o governo.
“Tanto na Saúde quanto na Segurança, Goiás vive um colapso total, além de ter hoje a comprovação de um colapso fiscal nas contas do Estado. É preciso fazer propostas que sejam exequíveis, entendemos que é possível otimizar as despesas, maximizar as receitas para que Goiás tenha condições de fazer os investimentos nessas áreas”, afirmou o candidato em seu discurso.
Uma das estrelas na convenção do MDB foi a presença do candidato a presidência da República pelo partido, o ex-ministro Henrique Meirelles, que é de Anápolis e já foi eleito deputado estadual pelo PSDB.
Daniel Vilela é filho de político tradicional em Goiás. Seu pai, Maguito Vilela, foi governador, senador, deputado federal e estadual – mais recentemente, foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia por dois mandatos.
Daniel começou sua trajetória na política se elegendo vereador em Goiânia. Em 2010, ele se tornou deputado estadual. O político conquistou uma vaga para deputado federal em 2014. Daniel é formado em direito e pós-graduado em administração pública.
Com 34 anos de idade, Daniel tentará compor um discurso de oxigenação política, embora não seja um novato em cargos eletivos, é filho de político e ligado a Iris Rezende, uma das figuras há mais tempo em atividade na vida pública goiana.
Entre suas propostas, ele promete desenvolver um aplicativo para agendar consultas e exames; usar a tecnologia para integrar todas as áreas do governo; manter um foco na geração de empregos e melhorar a renda do cidadão, além de investir na educação e capacitação dos goianos.

PT lança Kátia e terá vice do PCdoB
Katia MariaO PT confirmou no domingo (5.ago) a candidatura da professora Kátia Maria ao governo de Goiás, a única mulher a disputar neste ano o cargo mais alto do Executivo estadual. O PCdoB faz parte da aliança com o Partido dos Trabalhadores e anunciará o vice na aliança (até o fechamento desta edição não havia definição).
Os dois nomes ao Senado são petistas: o deputado estadual Luís Cesar Bueno e a vereadora de Anápolis Professora Geli Sanches. A convenção da legenda também anunciou o nome de 62 candidatos a deputado estadual e outros 25 para deputado federal.
“Nós queremos, dentro de uma gestão integrada, garantir que nós possamos ter desenvolvimento econômico, sintonizado com desenvolvimento social e com sustentabilidade ambiental. Nós precisamos ter um modelo de desenvolvimento econômico que pense no nosso meio ambiente e no povo mais simples, humilde e trabalhador, fazendo a distribuição de renda, a geração de empregos chegar em cada cidade”, disse Kátia Maria durante seu discurso.
Natural de Senador Canedo, a candidata do PT tem 42 anos de idade e além de professora é consultora de gestão e planejamento. Assim como grande parte dos filiados ao PT, iniciou sua vida política no Sindicato dos Trabalhadores da Educação da sua cidade.
Kátia Maria é hoje presidente do PT de Goiás e é estreante em disputas eleitorais. Em 2010, ela foi responsável por coordenar a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em Goiás pela internet e, em 2014, a campanha do ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, ao governo estadual.

Com Weslei, PSOL vai de chapa pura
Weslei GarciaO PSOL já havia oficializado suas candidaturas majoritárias em Goiás em convenção realizada no dia 29 de julho, em Goiânia. O partido não coliga com nenhuma outra sigla na disputa eleitoral deste ano. O professor Weslei Garcia vai disputar o governo de Goiás, com Erenilda de Assis, a Nildinha, de vice.
Os membros do partido também decidiram que o único candidato do PSOL para o Senado em Goiás será o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Fabrício Rosa. Gay assumido, ele traz a bandeira da diversidade em uma disputa majoritária em Goiás.
É a segunda vez que Weslei disputa o governo de Goiás. Ele começou na militância política quando estudava na extinta Escola Normal de Brasília. Aos 21 anos, em 2004, Weslei Garcia passou no concurso da Prefeitura de Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, para onde se mudou. Desde 2005, ele passou a integrar o PSOL.
Especializado em docência no ensino superior, o professor é, atualmente, aluno de mestrado em Educação pela Universidade de Brasília (UNB). O candidato é casado e tem dois filhos.
Entre suas propostas, estão denunciar e combater o trabalho escravo; defender os direitos humanos; promover a desmilitarização da Polícia Militar; formar uma educação pública de qualidade; e acabar com as privatizações.
Weslei Garcia promete priorizar um debate sobre a reestatização da Celg, além do fim das subdelegações da Saneago e o fim das Organizações Sociais (OSs) na Saúde. Ele também é contra a militarização das escolas públicas.

Chapa do PCB é encabeçada por Lira
Marcelo LiraO PCB oficializou a candidatura ao governo de Goiás no dia 21 de julho. O nome do Partido Comunista Brasileiro é o professor e membro do Sindicato dos Trabalhadores dos Institutos Federais e Tecnológicos de Goiás (Sintef-GO), Marcelo Lira. Sua candidata a vice-governadora é Bruna Venceslau, também do PCB. Para senadora, a chapa tem Magda Borges (PCB).
O PCB tentou uma aliança com o PSOL, mas a união dos dois partidos de extrema esquerda acabou não acontecendo em Goiás. Agora, a aposta são os movimentos sociais. “Uma frente ampla, democrática, capaz de defender os direitos dos trabalhadores”, afirmou na convenção Marcelo Lira.
O candidato ao governo lembra que o PCB é um partido comunista, fundamentado na construção de conselhos populares. “Toda a sua política é baseada nesse princípio, que a população, de forma direta, partícipe dos processos decisórios”.
Para o candidato, a representatividade do PCB em Goiás está ligada à configuração do sistema eleitoral brasileiro, “que privilegia os partidos tradicionais em vários aspectos e acaba impondo diversas cláusulas de barreiras que travam a possibilidade de expansão e crescimento de vários partidos”. Marcelo Lira cita a dificuldade de pluralidade de ideias e do debate político, devido à ausência em debates e o pouco tempo de propaganda eleitoral em televisão.
Segundo o candidato, a construção da chapa foi feita com base no diálogo com as militâncias do partido. O objetivo do PCB é apresentar uma alternativa ao Governo de Goiás. “Que há um tempo vem alternando forças políticas conservadoras”, fala.

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