Home Últimas Notícias Goiás avança na vacinação de crianças e adolescentes

Nesta semana, ação será ampliada no território goiano com liberação dos imunobiológicos Comirnaty/Pfizer,  que tiveram uso aprovado pelo Ministério da Saúde após alteração de temperatura durante transporte. Autorização da CoronaVac/Butantan pela Anvisa também contribuirá no apoio à imunização

Publicado: 24.01.2022

O Governo de Goiás e os 246 municípios vão avançar na vacinação de crianças e adolescentes no território goiano com o uso de imunobiológicos de dois laboratórios diferentes a partir desta segunda-feira (24). O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Incqs), do Ministério da Saúde (MS), que avaliou a situação das 44.300 vacinas Comirnaty, da Pfizer, para meninos e meninas de 5 a 11 anos e que apresentaram alteração de temperatura durante o transporte pelo órgão federal, liberou, nesta sexta-feira (21/01), o uso das doses, seguindo fundamentação técnica.

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso dos imunobiológicos CoronaVac, do Instituto Butantan, para a população com idade entre seis e 17 anos. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) orienta, conforme publicação de Nota Técnica do MS, que os municípios já utilizem as doses nessa faixa etária no início da semana.

“O público já foi definido e aquelas crianças que, porventura, vivam com alguma imunossupressão já conhecida, a decisão é de não aplicá-la, priorizando a do laboratório Pfizer”, explica o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

Ele afirma, ainda, que há registros que mostram eficácia da CoronaVac em crianças. Essas doses, somadas à remessa da Pfizer, vão permitir que Goiás prossiga com a proteção de pessoas com idade entre seis e 17 anos contra a Covid-19. “Considero ambas como boas notícias, pois temos um estoque considerável e trabalhamos para que a campanha seja amplamente massificada. Além da importância da vacina, reforço a busca de informações em fontes confiáveis, sem espalhar fake news”, detalha o secretário.

Comirnaty/Pfizer

Em relação às 44.300 doses Comirnaty, produzidas pelo laboratório Pfizer, que tiveram o uso liberado, a distribuição já foi iniciada para as 18 Regionais de Saúde que, em seguida, vão enviá-las aos municípios, ainda durante o fim de semana, avançando na campanha no território goiano. A logística organizada pelo Estado foi organizada para que 15, das 18 Regionais de Saúde, recebam as vacinas por via terrestre. Para as três mais distantes, localizadas em Campos Verde de Goiás, Porangatu e Posse, o envio será de avião, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

Para aplicação das doses Comirnaty/Pfizer, a SES-GO recomenda a ordem decrescente de idade, iniciando com 11 anos, além de meninos e meninas que vivem com comorbidades, deficiências e da população indígena, desde que apresentem comprovação. A medida foi avaliada em parceria com os municípios. O intervalo entre as duas doses é de oito semanas e os técnicos das salas foram devidamente capacitados sobre seu uso.

Coronavac/Butantan

Inicialmente, as Secretarias Municipais de Saúde devem iniciar a vacinação com os imunobiológicos que possuem armazenados em estoque, que somam cerca de 160 mil unidades, e também utilizarem ordem decrescente de idade, conforme realidade local. Aqueles que não possuírem vacinas, deverão avançar na campanha com a Comirnaty/Pfizer. Em um segundo momento, o Estado vai enviar um quantitativo, considerando a população dessa faixa etária para cada local, das doses que estão armazenadas na Central Estadual de Rede de Frio de Goiás, que contabiliza atualmente cerca de 188 mil vacinas.

Sobre o documento que autoriza o uso dessas doses, a SES-GO notificou o INCQS, do Ministério da Saúde, sobre o problema e aguardava resultado da análise para uso ou não das vacinas. Segundo o laudo, a causa da variação observada pelos técnicos de Goiás ocorreu devido a uma falha pontual do aparelho que monitora os imunobiológicos (data logger) e acompanha as caixas térmicas utilizadas para transporte. A análise atesta que não houve queda na temperatura, mas uma pane no medidor, constando segurança do uso.

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