Home Últimas Notícias Escolas terão programa para combater obesidade infantil

Crianças da rede pública de ensino de Anápolis são orientadas através de ações contra o sobrepeso

ANA CLARA ITAGIBA

EscolaUm levantamento divulgado neste ano pelo Ministério da Saúde mostrou que, nos últimos dez anos, a obesidade em jovens com idades entre 18 e 24 anos aumentou 110%. A informação fez com que o governo estabelecesse algumas metas para 2019, como promover a diminuição do consumo de refrigerante e sucos artificiais em, pelo menos, 30% da população adulta, além de ampliar cerca de 18% o percentual de pessoas que comem frutas e hortaliças.

Um estudo mais recente ainda da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que atualmente a obesidade infantil atinge dez vezes mais crianças e adolescentes do que na década de 1970. Quarenta anos depois, este público corresponde a 124 milhões da população mundial. Estima-se que até 2022 existam mais crianças obesas do que abaixo do peso no mundo. No Brasil a realidade não é tão distante do cenário mundial. Segundo o órgão, um a cada três brasileiros apresentam sobrepeso ainda na fase infantil.

A preocupação com o aumento da obesidade entre a população não é novidade. A Secretaria Municipal de Saúde, por exemplo, atendendo uma exigência do Governo Federal, está elaborando o Programa Municipal de Combate a Obesidade Infantil, por meio da Vigilância Alimentar e Nutricional, que engloba o Programa de Saúde na Escola (PSE).

A proposta é prevenir e combater a obesidade infantil nos estágios iniciais, por meio da educação alimentar e nutricional. Haverá atendimento ambulatorial para as crianças, grupos de educação nutricional para famílias, além de capacitação para professores, merendeiras, cuidadores e demais profissionais da saúde, como: técnicos de enfermagem, agente comunitário de saúde etc. O programa será lançado no dia 31 de agosto, mas funcionará inicialmente somente como piloto. Somente em 2019 será realizado efetivamente. Os encontros acontecerão nas escolas e nas unidades de saúde. Vale lembra que ao incentivar nas escolas, as crianças acabam se tornando agentes fiscalizadores em suas próprias famílias.

Esse projeto fortalecerá o trabalho realizado pelo PSE, onde se identifica os hábitos alimentares inadequados de crianças que podem levar ao desenvolvimento de distúrbios alimentares, como: obesidade, desnutrição e anemias. A partir de então, promove-se atividades que buscam a redução do sedentarismo. “Realizamos ações preventivas de forma alusiva com palestras, teatros, jogos e atividade com multimídias”, explicou a coordenadora do PSE, Denise Modesto.

Com dois anos de duração, atualmente o projeto engloba 97 unidades de ensino da rede pública, totalizando 37.902 alunos alcançados. São 49 escolas municipais, 31 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s) ou Centro de Educação Infantil (CEI), e 17 colégios estaduais.

Para fazer parte do PSE é necessário estar na área de abrangência das cinco equipes dos Núcleos Ampliada de Saúde da Família (NASF) e das 50 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde e médicos.

PSE
O programa funciona desde 2013 e acontece por meio de uma parceria entre as Secretarias Municipais de Saúde e Educação entre o Ministério da Saúde e Ministério da Educação, que tem como objetivo promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de doenças entre os alunos da rede pública. As equipes realizam ainda avaliação clínica, psicossocial, nutricional, auditiva, oftalmológica, vacinação e de saúde bucal.

Entre as ações desenvolvidas, estão: o combate ao mosquito Aedes aegypti; Promoção da segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável; direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/Aids; prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; promoção da Cultura de Paz, Cidadania e Direitos Humanos; promoção das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas; prevenção das violências e dos acidentes; identificação de estudantes com possíveis sinais de agravos de doenças em eliminação; promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de flúor; verificação da situação vacinal; promoção da saúde auditiva e promoção da saúde ocular.

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