Home Editoriais Cidades Chineses querem investir em mineração e energia em Goiás

Missão comercial liderada pelo vice-governador Lincoln Tejota desperta interesse em empresas com capacidade de investimento de bilhões de dólares.

Fonte: Governo do Estado de Goiás

Empresas chinesas de mineração e energia, com capacidade de investimento na casa dos bilhões de dólares, demonstraram à comitiva goiana em visita àquele país, liderada pelo vice-governador Lincoln Tejota, interesse em expandir pesquisas e aplicar recursos em Goiás. A mineradora China Minmetals, em parceria com a Academia Chinesa de Ciências Geológica, vai enviar equipe a Goiás nos próximos meses para mapeamento detalhado do solo e atração de investimentos. Já se sabe que o Estado tem grande potencial para exploração do conjunto de minerais conhecidos como “terras raras”, usados no desenvolvimento de tecnologia de ponta.

“Fomos à China a convite das lideranças locais e mostramos a disposição do governo goiano em contribuir no avanço das nossas relações comerciais”, afirma Lincoln Tejota. O país asiático já é o maior importador de produtos goianos, sendo responsável por cerca de um terço das nossas exportações, com volume de US$ 845 bilhões até abril.

O vice-governador lembra que Goiás vive momento de carência de geração de energia, apesar das riquezas minerais existentes no território goiano e que podem, afirma, gerar emprego e renda para o Estado. “Por isso, esses dois temas foram o foco de nossas reuniões”, conta. Ele avaliou como “extremamente positivo” o salda da missão comercial.

Lincoln destaca ainda que o momento da economia mundial, com acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, abre uma janela de oportunidade para a expansão das exportações goianas. “A nossa missão aconteceu num momento muito propício e faz com que Goiás saia na frente na prospecção de investimento e incremento de negócios já existentes”, afirma. Membros da comitiva preparam relatório da viagem, a ser apresentado para o governador Ronaldo Caiado.

Mineração

O estudo de solo a ser desenvolvido nos próximos meses balizará o volume de investimentos em mineração que podem ser direcionados pela China Minmetals para Goiás. A Academia Chinesa de Ciências Geológicas já tem parceria com a estatal brasileira Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e pretende também instituir intercâmbio acadêmico com faculdades goianas de geologia. “Dessa forma teremos o estudo de solo e o acesso de nossos cientistas à expertise dos chineses nesta área”, comenta Lincoln Tejota.

Os chineses já investem em mineração no Estado. A empresa CMOC opera uma mina de nióbio em Catalão e anunciou recentemente a intenção de investir R$ 1,2 bilhão na expansão de suas atividades. “Goiás é um Estado muito rico em minérios e pedras preciosas. A extração disto é uma excelente maneira de gerar emprego e renda para os goianos e arrecadação tributária a ser transformada em investimentos e serviços por parte do Estado”, afirma o vice-governador.

Energia

A comitiva goiana também se reuniu com dirigentes da China Energy Engineering Corporation, a estatal chinesa do setor energético, que demonstrou interesse em investir em energia limpa em Goiás. “A economia chinesa, assim como sua população, tem números estratosféricos. Então eles têm grande capacidade de investimento e de análise de vislumbrar um bom negócio”, afirma Lincoln. Para ele, o apetite chinês por expansão pode ser uma boa solução para o déficit energético no Estado, motivo da reclamação de muitos industriais.

Também houve reuniões bilaterais com representantes governamentais de Pequim e das províncias de Shanxi e Hebei. Esta última tem um acordo de amizade com Goiás que completa 20 anos. “A vice-governadora de Hebei, Xia Yanjun, nos recebeu e disse que tem intenção de intensificar as relações diplomáticas e comerciais”, afirma Lincoln. Outras províncias manifestaram interesse em firmar acordos com nosso Estado.

O grupo goiano visitou, ainda, o escritório da produtora cinematográfica Jiabo Culture Development, que irá rodar no Brasil um filme para o mercado consumidor chinês. “Já houve a assinatura de um acordo para as filmagens e eles vão investir R$ 120 milhões numa produção cinematográfica com captação de cenas no Brasil, começando por Goiás”, afirma Lincoln. Ele destaca que a produção, além de ajudar a promover o turismo e a economia do Estado naquele país, vai movimentar a economia local durante as filmagens.

Além do vice-governador, integraram a comitiva o deputado federal Francisco Jr., um representante da Assembleia Legislativa, servidores da Vice-Governadoria e convidados da Associação Sino Brasileira de Mineração, que custeou toda a viagem. “Tenho sempre ressaltado que esta nossa missão não gerou nenhum custo para o Estado de Goiás”, lembra Lincoln Tejota. Esta é a primeira missão governamental nos últimos 20 anos realizada sem custo para o Estado

 

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