Home Editoriais Cidades Novo centro é esperança para ressocializar jovens infratores em Anápolis

LUANA CAVALCANTE

A empreiteira responsável pela construção do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) em Anápolis tem mantido um bom ritmo de execução do projeto, e segundo a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), já concluiu 10% do trabalho, com previsão de inauguração para julho de 2015.
O Case será o novo centro de internação de menores infratores, que hoje funciona de forma precária em um espaço emprestado no 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM). A nova unidade vai atender adolescentes entre 12 e 17 anos que precisam cumprir medidas socioeducativas. A obra começou em maio deste ano e fica perto do centro de convenções, também em construção, no trevo de acesso ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), na saída sul da cidade.
Em nota enviada à reportagem, a Agetop informou que o Case passa pela etapa de terraplenagem e estão sendo feitos os blocos administrativos, de serviço e de internação compartilhada e protegida, além da estrutura de alvenaria, fundação dos blocos, instalações elétricas e hidráulicas e a construção do muro externo.
No total, serão 6.242 mil metros quadrados de área construída com uma estrutura que conta com unidade de controle, unidade administrativa, unidade de internação compartilhada e protegida, unidade de serviço, quadra coberta e vestiários.
O Case ainda terá salas de aula e para a realização de audiências, lavanderia, auditório, biblioteca, cozinha e refeitório. Sua capacidade é para 80 internos. O valor total da obra é R$ 10,6 milhões.
A presidente do Grupo de Apoio à Criança e Adolescente, responsável pelos serviços dos Cases, Luzia Dora Juliana Silva, conta que a estrutura terá um sistema de segurança que funcionará 24 horas. Ela explica que no Case de Anápolis serão reservadas 14 vagas para mulheres, mas essa quantidade pode ser alterada de acordo com a demanda. São oito alas, com no máximo 15 alojamentos. A unidade irá atender Anápolis e mais 33 cidades da região.
Luzia Dora especifica que o espaço contará com um galpão de atividades onde são ministrados cursos profissionalizantes e oficinas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Também oferecemos atividades esportivas e de lazer que contribuem com a formação desses jovens”, observa.
As programações nas áreas de educação e esporte são aliadas com atendimentos na área da saúde como, por exemplo, psicossocial, odontologia, exames e internações. Todos os serviços são oferecidos por meio de uma parceria com o governo estadual e municipal.
A proposta é trabalhar com o sistema de escola formal. Serão envolvidos nesse trabalho cerca de mil servidores entre concursados e comissionados. Para integrar o Case, os funcionários recebem capacitação em Segurança e Direitos Humanos para lidar com diversas situações no dia a dia.

Outras unidades
Os Centros de Atendimento Socioeducativo foram instalados em cidades estratégicas em Goiás com a proposta de oferecer um espaço adequado aos adolescentes infratores para a recuperação social dos mesmos. A presidente do Grupo Executivo de Apoio a Criança e Adolescente destaca que os municípios de Formosa, Luziânia e Goiânia já contam com essa estrutura capaz de oferecer serviços adequados. “Em processo de licitação estão os Cases de Porangatu, Itaberaí, Itumbiara, São Luiz, Caldas Novas, e Rio Verde”, informa.

Case
O Centro de Atendimento Socioeducativo tem o objetivo de proporcionar o cumprimento de medida socioeducativa de internação, de acordo com os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou seja, direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à profissionalização, ao esporte, ao lazer, à cultura, à dignidade e ao respeito, através de uma ação institucional capaz de criar condições efetivas de diálogo e reflexão sobre as dificuldades e potencialidades de cada adolescente e que contribua para o seu retorno ao convívio social.

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