Home Destaques Goiás volta às aulas com 15 novos Cepis

Educação estadual chega a 164 unidades que oferecem jornada escolar de nove horas diárias, práticas de laboratório, disciplinas optativas, projetos científicos e três refeições. “Isso é a chance que damos para ter qualidade de ensino. Construímos o futuro”, afirma Caiado

Publicado: 04.08.2021

O Governo de Goiás terá, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), 15 novos Centros de Ensino em Período Integral (Cepis), a partir do mês de agosto, atingindo a marca de 164 unidades com jornada escolar de nove horas diárias. Nessas escolas os alunos têm práticas de laboratório, disciplinas optativas, projetos científicos, três refeições por dia e outras atividades.

A ampliação do número de Cepis atende metas do Plano Nacional de Educação (PNE), e do Plano Estadual de Educação (PEE), que têm como objetivo a oferta de ensino em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, e que atenda pelo menos 25% dos alunos da Educação Básica pública, até 2024. “Isso é a chance que estamos dando para uma criança na escola pública ter qualidade de ensino. Temos que entender que estamos construindo o futuro dessas pessoas”, afirma o governador Ronaldo Caiado.

Com a expansão dos Cepis na rede estadual, os municípios de Águas Lindas, Goianira, Bonfinópolis, Aruanã e Jaraguá terão suas primeiras escolas deste modelo. Em Goiânia, cinco escolas regulares se transformarão em escolas de tempo integral, totalizando 34 Cepis na capital. Veja abaixo a lista completa dos novos Cepis da rede estadual de Goiás, por município: em Goiânia, Cepis Castro Alves, Coração de Jesus, Deputado José de Assis, Dom Fernando Gomes Santos II e Jayme Câmara. Em Aruanã, Dom Cândido Penso; Goianésia, São José; Morrinhos, Mariquita Costa; Uruaçu, Alfredo Nasser; Niquelândia, Paulo Francisco da Silva; Águas Lindas, Rocha Leal; Novo Gama, Antônia Chaves das Dores; Bonfinópolis, Presidente Castelo Branco; Morrinhos, Silvio Gomes de Melo Filho; e Goianira, Professora Lázara de Fátima e Flores Silva.

Melhores resultados educacionais

De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade da Educação no Brasil, os estudantes de escolas de tempo integral apresentam maiores taxas de aprovação e melhor desempenho em Língua Portuguesa e Matemática. Eles também têm maior chance de ingressar no Ensino Superior, segundo uma pesquisa do Instituto Sonho Grande.

“No Ensino Médio, enquanto a média do Ideb da rede estadual é 4,7, a média das escolas de tempo integral nessa fase é 5,2. Já no Ensino Fundamental II, a média da rede é 5,4, enquanto a das escolas de tempo integral é 5,8”, afirmou a superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Rocha.

Ainda de acordo com a superintendente, o modelo de ensino em tempo integral não consiste apenas em passar mais tempo na escola. O foco do Cepi é o desenvolvimento integral do estudante, em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. E com mais tempo disponível na escola, é possível trabalhar a Educação integral de forma mais aprofundada.

Márcia Rocha também explica que, durante o dia na escola, o aluno não participa somente de aulas teóricas, mas também de práticas de laboratório, projetos científicos e clubes juvenis. “O estudante está no centro do processo educacional, como agente ativo, e é incentivado a assumir o papel protagonista de sua vida”, reforçou.

Ao longo do ano, o aluno é acompanhado por um professor tutor, que irá auxiliá-lo nos estudos e no desenvolvimento de seu projeto de vida. Há também aulas de Estudo Orientado, cujo objetivo é ajudar o aluno a desenvolver rotinas de estudo e executar técnicas de aprendizagem.

Projeto de Vida

O projeto de vida é o plano que o estudante constrói para seu futuro pessoal, acadêmico e profissional, com metas, objetivos e sonhos. Esse plano é o tema de um componente curricular próprio, na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, mas também é o fio condutor de todas as aulas e atividades do Cepi.
Outro diferencial da escola de tempo integral é seu currículo, que dá mais autonomia ao aluno em relação aos estudos. Além dos componentes curriculares obrigatórios, a escola oferece componentes curriculares que são escolhidos pelo estudante de acordo com seus interesses e afinidades, em diferentes áreas do conhecimento – são as disciplinas eletivas.

Os estudantes também têm aulas específicas para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares, no componente curricular Preparação Pós-Médio. Nessas aulas, os professores também orientam os alunos acerca dos principais cursos de graduação, cursos técnicos existentes no Brasil, sobre a carreira militar, mercado de trabalho e empreendedorismo.

Fonte: Secretaria de Estado da Educação (Seduc)

 

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