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LUIZ EDUARDO ROSA

Fazendo um recorte deste ano de 2016, o JE faz uma “radiografia” do setor cultural apresentando iniciativas no campo cultural na cidade. Empreendimentos de diferentes nuances vão do entretenimento à sublimação, daquelas que são gratuitas àquelas com sua sustentabilidade na bilheteria. Os atores do cenário cultural anapolino estão instituições, grupos, coletivos e artistas. Conheça algumas dessas iniciativas na cidade.

Poder Público
A integração do Município ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) marca ações em políticas públicas no setor. Para além do Conselho Municipal de Cultura (CMC), foram criados o Fundo Municipal de Cultura e o primeiro Plano Municipal de Cultura, aprovado na Câmara em 2015, a partir de trabalhos realizados entre representantes do poder público e sociedade civil. Duas edições de editais do Fundo foram realizados para selecionar projetos de proponentes no Município, desencadeando realizações de filmes, festivais, eventos e projetos culturais.

Atualmente os espaços culturais avançaram para outros bairros sob administração da Secretaria Municipal de Cultura, onde atualmente ações do Município são realizadas como oficinas e aulas em linguagens artísticas. Professores e projetos de iniciativa de grupos de iniciativa privada utilizam estes espaços para sediar suas ações. Em destaque o Centro Cultural Washington Ribeiro Gomes, situado no setor Boa Vista, inaugurado em 2014, oferece as modalidades circenses e outras linguagens artísticas. O Centro de Artes e Esportes Unificados, no Jardim Alvorada, inaugurado em 2014, se configurou em outro espaço que viabilizou estruturas como auditório, biblioteca e pista de esportes radicais. O Centro Cultural FIlostro Machado, em atividades desde 2011, com destaque ao Break Dance e outras linguagens integram a cultura Hip Hop.

Iniciativa Privada
O Sesc Anápolis, entidade de direito privado integrante do sistema “S”, apresenta ações voltadas ao comerciário, porém não deixou de oferecer a fruição cultural à comunidade. Mostras, apresentações e utilização dos espaços internos integram compõem o calendário da unidade, em que se apresentam as linguagens artísticas de música, cinema, teatro e dança. A comunidade demanda o espaço, sob o crivo da gerência da unidade, para realização de ensaios, set de filmagens, apresentações artísticas e sessões de cinema.

O Centro Cultural Joana Dark surgiu das atividades do Coletivo Pequi no início dos anos 2000, que se configurou como espaço dedicado especialmente à música, sendo viabilidade para artistas para produções musicais diferentes das casas de show convencionais. Em momentos específicos do ano, a Casa realiza eventos de música e outras artes envolvidas com foco em formação de público e debates sobre o fazer cultural. As escolas de dança também em seu equilíbrio entre sustentabilidade e formação de público oferecem aulas de diferentes ritmos musicais como também apresentações, são alguns exemplos, academia de ballet Zulma Emrich, Núcleo de Dança Elza Cavalcante, Centro de Dança Hezio Franco e Estúdio Plié.

A partir das edições do Anápolis Festival de Cinema, com seis edições realizadas pela Prefeitura Municipal, promoveu os agrupamentos de realizadores em suas mostras competitivas e oficinas. A partir da realização de curta-metragens os agrupamentos se tornaram as produtoras que realizam tanto o serviço na área audiovisual quanto se dedicam ao cinema independente nos circuitos de festivais, como a Camafeu Filmes, Rosa dos Ventos, Weston Filmes, Sion Filmes e a Cooperativa Yabura Filmes. No campo da música, os estúdios musicais em diferentes estilos estão espalhados pela cidade entre aqueles de fundo de casa aos edifícios próprios.

Terceiro Setor
Um dos primeiros grupos que desempenhavam o papel da oferta cultural no Município foram as Associações Culturais e fundações. Sem o entendimento de Cultura como setor de políticas pública, tão importante quanto outros setores, as Associações desempenharam um papel de desenvolvimento e salvaguarda das linguagens culturais no Município. A Associação Cultural e Artística de Anápolis (Acaa) surgiu em 2002, em um fortalecimento institucional às atividades realizadas no local de sua sede atual, onde desde 1981 as fiandeiras tinham como ponto de encontro e produção. A partir da Acaa, as atividades diversificaram no campo do artesanato, danças populares, circo e tecelagem estão entre as principais ações na entidade.

A União Literária Anapolina (ULA) mantém suas ações e promoção da literatura Anapolina desde 2001. São lançamentos de obras, editais para publicação coletiva e eventos sociais de promoção dos literatas. Em outros campos se apresentam as entidades que focam na formação de público, sendo alguns exemplos Associação Motriz (Hip Hop), Associação Companhia Tem Sim Sinhô (Circo), Associação Cineclube Xícara da Silva (Cinema), Associação Komukaye (Hip Hop) e Companhia Boca do Lixo (Circo).

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