Home Editoriais Política Anápolis registra 200 casos de abuso de menores em um ano

O número é assustador, mas, ao que tudo indica, a realidade pode ser pior, pois estima-se que atualmente apenas 5% dos casos são denunciados às autoridades

DA REDAÇÃO

Em 2017, mais de 200 atendimentos a vítimas de abusos sexuais de menores foram registrados nos dois Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) de Anápolis. O número é assustador, mas, ao que tudo indica, a realidade pode ser pior, pois se estima que apenas 5% dos casos são denunciados.

Com essa estatística preocupante foi lançada a Campanha de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, no 2º Seminário de Fortalecimento da Rede de Proteção Social no Enfretamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, na sexta-feira (18.mai), no auditório do Senac, realizado em alusão ao dia nacional de prevenção a este tipo de violência.

O evento, que teve como principal objetivo incentivar a denúncia, assim como discutir a ampliação e fortalecimento a rede de apoio e proteção às crianças e adolescentes em situação de risco, contou com a participação de mais de 400 representantes de diversas áreas da sociedade anapolina. A ideia é fomentar este tipo de debate de forma contínua ao longo de todo ano em qualquer lugar, seja na escola, igreja, trabalho ou dentro do próprio ambiente familiar. Para isso, uma equipe específica do Creas estava disponível apenas para agendamentos de visitas para que este assunto fosse tratado.

Durante a abertura do seminário, o prefeito Roberto Naves (PTB) reforçou a importância da união de todas as camadas da sociedade, independente da crença religiosa ou posição política, para fortificar cada vez mais o trabalho em favor desta causa. “Anápolis está mostrando para o Brasil que o bem pode vencer. Às vezes discordamos em alguns pontos, mas, acima de tudo, existe o respeito e a vontade de fazer o bem para a população”, afirmou o prefeito.

A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Renda, Tânia Aparecida, fez questão de agradecer todos os parceiros envolvidos na prevenção deste tipo de violência. “Isso só é possível com a compreensão de todos. A causa não é só minha, do prefeito ou da primeira-dama Vivian Naves. É de toda sociedade brasileira”, lembrou.

O período da manhã foi voltado para o lançamento da campanha e logo depois aconteceu o 2º Seminário de Fortalecimento da Rede de Proteção Social do Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes. Na oportunidade, houve uma palestra da psicóloga Andréa Ferreira Lins, que abordou o tema “A efetividade na comunicação da rede de proteção por meio dos instrumentos de referência e contrarreferência”.

O evento contou com a participação de promotores, juízes, delegados, representantes das polícias civis e militares, de entidades organizadas, empresariais e sociais, e conselhos tutelares.

Megaoperação contra pedofilia na internet teve dois presos em Anápolis

A operação conjunta de polícias civis “Luz na Infância 2”, deflagrada quinta-feira (17.mai), resultou ao longo do dia em 251 prisões em 284 cidades de 24 estados e do Distrito Federal, segundo balanço divulgado pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

Um piloto aposentado de 74 anos e um professor, de 42, estão entre os dez homens presos em Goiás na operação que teve como objetivo combater a pornografia infantil. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiânia e mais oito cidades do interior.

Em Anápolis, a operação foi comandada por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), do Laboratório de Crimes Cibernéticos da 3ª DRP e do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), sob a coordenação da delegada Kênia Segantini.

Dois mandados de busca e apreensão resultaram nas prisões em flagrante de dois homens que estavam armazenando fotos e vídeos contendo pornografia infantil. Um é morador do Centro e o outro, do Jardim Progresso.

Promovida pelo ministério em parceria com as polícias civis dos estados envolvidos, a ação investigou pessoas que compartilhavam ou armazenavam conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.

Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da deflagração. A primeira fase da operação ocorreu em outubro do ano passado.

Do total de prisões, 128 foram na região Sudeste, 47 no Nordeste, 38 no Sul, 21 no Centro-Oeste e 17 no Norte. Ao todo, foram expedidos 579 mandados. O ministério informou que segue monitorando a ação das equipes envolvidas, podendo haver novos números de prisões.

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