Home Editoriais Política Institutos mais influentes divergem números de pesquisas e Serpes acerta em Anápolis

grafico-de-pesquisa-okORISVALDO PIRES

No campo das pesquisas eleitorais de intenção de voto, a campanha de 2016 em Anápolis deixa espaços para análises críticas e questionamentos. Se para os candidatos e partidos as pesquisas internas servem para balizar as ações e planos de campanha, os números das consultas registradas e divulgadas pelos veículos de comunicação, não deixam de provocar reações das mais diversas no eleitor, positivas e negativas.

Em toda a campanha eleitoral, desde o mês de agosto, no âmbito da eleição majoritária, disputada por Roberto Naves (PTB) e João Gomes (PT), várias pesquisas foram divulgadas, realizadas por institutos diversos, entre eles Verita (de Uberlândia) Fortiori (de Goiânia), Inerpes (de Nerópolis), o Voga (de Anápolis) e o Serpes (de Goiânia). Na reta final da campanha, seja no primeiro ou no segundo turno, os dois últimos balizaram as análises e monopolizaram as atenções: Voga e Serpes.

Na semana final de campanha do segundo turno, considerando a última pesquisa de intenção de votos divulgada por ambos os institutos, comparados os números da pesquisa com o resultado oficial da eleição, é possível constatar que o instituto Serpes acertou duas vezes na mesma consulta a intenção do eleitor. O primeiro acerto foi na ordem do resultado: Roberto em primeiro e João Gomes em segundo. O segundo acerto na aproximação da porcentagem final de vantagem do petebista sobre o petista.

Na pesquisa divulgada no sábado (29) pelo Serpes, nos votos válidos, a diferença pró Roberto foi de 3,8%, dentro da margem de erro, que era de 4,37%. Nas urnas, a diferença pró Roberto foi de 2,46%, dentro da margem de erro. Já o instituto Voga, na pesquisa divulgada na sexta-feira (28), trouxe vantagem pró João Gomes de 9,2% nos votos válidos, ou seja, 6,74% a mais que a diferença oficial da eleição, fora da margem de erro da pesquisa que era de 3,5%.

Os institutos de pesquisa baseiam-se em fórmulas científicas e técnicas matemáticas para estabelecer os resultados de suas consultas. Normalmente o nível de confiança é de 95%, segundo informam as próprias empresas. Outro fator que divide opiniões é o número de entrevistados. No caso da eleição em Anápolis, ficou comprovado que ouvir número menor de eleitores não significa necessariamente maiores probabilidades de erro no resultado. Até porque o Serpes ouvia cerca de 500 eleitores e o Voga consultava mil eleitores.

Na era da modernidade tecnológica e das redes sociais, os levantamentos de intenção de voto conseguem espaços para sobreviver e ser considerados úteis por candidatos e partidos. Do outro lado, o eleitor, independentemente se tem ou não seu candidato definido, que espera ansioso pelos números a cada rodada de pesquisa. E, no questionamento daqueles que debatem o valor ou não das consultas, a pergunta insiste a dividir opiniões: a pesquisa de intenção de voto, divulgada durante a campanha, influencia ou não a vontade do eleitor?

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