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Mudanças físicas e operacionais dentro do Terminal Urbano, no Centro, devem dar mais segurança aos usuários de ônibus

ANA CLARA ITAGIBA

A estrutura defasada do Terminal Urbano de Anápolis coloca em risco a segurança dos usuários do transporte coletivo. Cerca de 80 mil pessoas embarcam e desembarcam todos os dias no local, mas precisam se espremer em meio a lojistas e ambulantes que expõem seus produtos nas áreas de circulação.

Por conta disso, recentemente, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) foi responsável por iniciativa que culminou em uma sentença judicial determinado a desocupação das áreas técnicas. Outro resultado da falta de planejamento do espaço são três ocorrências de tráfico de drogas registradas pela Polícia Militar no local, neste ano.

Diante dessa realidade, a Urban, responsável pela gestão do terminal, e a Polícia Militar, encarregada de manter a segurança em áreas públicas, têm buscado alternativas para resolver este problema.

De acordo com o comandante do 28º Batalhão da Polícia Militar, major Luciano Souza, abordagens e patrulhamentos têm sido frequentes no local. Mas, como a falta de efetivo não permite uma segurança exclusiva, se tem conversado com o Executivo sobre a possibilidade de criação de um banco de horas para os policiais. “Estamos aguardando o contato para que, talvez em breve, possamos ter ali um apoio maior da Polícia Militar, por meio de um convênio municipal com profissionais nas jornadas remuneradas”, contou o major Luciano.

Durante uma visita do Corpo de Bombeiros e de órgãos reguladores, constatou-se que o terminal necessita, urgentemente, de mudanças em sua edificação para a segurança dos passageiros. Por isso, a Urban desenvolveu um projeto que ampliará a estrutura física do local, visando à melhora do fluxo de pessoas, sobretudo, nos horários de pico.

A proposta é aumentar os corredores, reduzir o número de lojas, fazer rampas de acessibilidade, criar mais duas entradas e saídas, melhorar a comunicação visual dos boxes coloridos, implantar o piso tátil para a circulação de portadores de necessidades visuais, reformar os banheiros, além de valorizar a história de Anápolis com grandes painéis fotográficos. Com relação à segurança pública, o diretor jurídico da Urban, o advogado Carlos Leão, informou que isso também está sendo assegurado no projeto.

Algumas mudanças já estão sendo feitas pontualmente em lugares que estão desobstruídos. Para executar todo o projeto, é necessário concluir a reintegração das áreas técnicas.

Após cumprimento das sentenças judiciais, a Urban pretende se reunir com os 80 lojistas para regularizar a situação de cada um deles. “Só irão permanecer lá dentro, quem firmar o contrato e pagar a taxa de ocupação, que inclusive é uma previsão contratual. Tem que ser executado”, explicou o advogado Carlos Leão, que afirmou que pelo menos 10 estabelecimentos precisarão ser fechados.

Ainda não há um valor previsto desta taxa, já que é necessário concluir as modificações estruturais para saber qual a despesa da empresa que faz a gestão do terminal com todas as lojas juntas. Um parecer da Prefeitura estimou o valor de R$ 107 mil para todo o espaço. “Entendemos que esse valor é maior, porque hoje a despesa é maior do que isso. Temos que esperar as edificações estarem prontas para saber quais lojas irão sair, as dimensões exatas das que vão ficar, para então formalizarmos o contrato com quem realmente quer se agregar ao projeto”, completou o diretor jurídico da Urban.

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