Home Últimas Notícias Goiás terá 13 biofábricas a partir de 2022

Equipamentos começarão a ser adquiridos no início de 2022 e terão foco em desenvolvimento de produtos e transferência de tecnologia ao produtor. Nove biofábricas serão instaladas em unidades do IF Goiano, no interior do Estado; duas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis; e mais duas na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia

Publicado: 16.12.2021

O investimento de R$ 8 milhões para o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia foi anunciado nesta terça-feira (14), durante reunião na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O evento atraiu representantes de produtores rurais, órgãos estaduais e federais e instituições de ensino, pesquisa e assistência técnica

A pesquisa de insumos biológicos em Goiás ganhará o reforço de 13 biofábricas a partir de 2022. O investimento de R$ 8 milhões para o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia foi anunciado nesta terça-feira (14), durante reunião na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

O evento atraiu representantes de produtores rurais, órgãos estaduais e federais e instituições de ensino, pesquisa e assistência técnica. O grupo definiu 27 objetivos estratégicos para os próximos meses, sendo um deles o de abrigar em Goiás o maior ecossistema de inovação em bioinsumos do Brasil.

Os equipamentos para as biofábricas começarão a ser adquiridos no início de 2022, com recursos do Tesouro Estadual. Nove biofábricas serão instaladas em unidades do IF Goiano, no interior do Estado; duas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis; e mais duas na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. A UEG prevê ainda o aporte de recursos em uma linha de pesquisa específica sobre bioinsumos.

Durante o evento, o titular da Seapa, Tiago Mendonça, destacou as vantagens dos insumos biológicos. “São produtos de baixo impacto ambiental, que reduzem custos e aumentam a qualidade da produção. Produzindo bioinsumos dentro da propriedade (on farm), o produtor reduz riscos e garante um maior controle da sua atividade”, afirmou. Para ele, neste momento de grande dificuldade provocada pelo aumento dos preços dos insumos importados, os bioinsumos “surgem como uma luz e já são uma das grandes pautas do agro no mundo todo em relação à segurança alimentar”.

Mendonça ressaltou o empenho do governador Ronaldo Caiado para viabilizar a iniciativa. “Goiás foi pioneiro na aprovação de uma Lei Estadual de Bioinsumos e que está servindo de modelo para outros Estados. Com todos trabalhando juntos e estes investimentos a caminho, ganharemos novo impulso na pesquisa e disseminação de conhecimento sobre bioinsumos”, pontuou.

Uma das principais parceiras da iniciativa, a Embrapa Arroz e Feijão foi representada no evento por seu chefe-geral, Elcio Guimarães. Guimarães sublinhou o papel de liderança de Goiás no tema dos bioinsumos. “Devemos não apenas falar de bioinsumos, mas fazer. O líder é seguido pelo que ele faz. Goiás está demonstrando isso. A Seapa é importante nesse processo de liderança, e precisamos trabalhar junto com a Secretaria. A equipe da Embrapa é fantástica em termos de pesquisa, mas ela não trabalha sozinha. E vocês são os parceiros de que precisamos pra fazer com os resultados impactem quem precisa”, disse.

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Robson Vieira explicou que parte das estruturas adquiridas para as biofábricas serão destinadas para pesquisa e inovação, outra parte para avaliação de qualidade do produto e transferência de conhecimento ao produtor. “É necessária a pesquisa e também a transferência de conhecimento de forma cuidadosa, com qualidade, criando metodologia, de forma a propiciar redução de custo e aumento da produção lá na ponta”, argumentou. “Este é um trabalho que vai começar no ano que vem e que vai se desenvolver pelos próximos 10 ou 11 anos”, acrescentou.

Independência
O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, lembrou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pesquisa bioinsumos desde sua fundação, na década de 1970. O órgão ligado ao Governo Federal tem uma expertise reconhecida no assunto. “Os bioinsumos funcionam, sou testemunha disso como pesquisador”, reforçou. Neto disse estar emocionado por ver a iniciativa em favor dos insumos biológicos prosperar dentro de uma secretaria estadual. “Essa jornada é importante porque vai dar independência ao produtor. Que Goiás seja líder nesta área.”

Já o presidente do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), Rogério Vian, defendeu que os bioinsumos são tecnologias acessíveis para produtores de todos os portes, do pequeno ao grande. Ele elogiou o Programa Estadual de Bioinsumos do Governo de Goiás: “É um trabalho muito bem feito. Não é um programa de Estado, é um programa de País”. Vian, que é produtor de soja e utiliza bioinsumos em sua propriedade em Mineiros, no Sudoeste do Estado, garantiu os benefícios proporcionados pelos bioinsumos são fatos. “Eles já estão revolucionando a agricultura”, declarou.

Também se manifestaram na reunião o presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Pedro Leonardo; o secretário de Estado de Desenvolvimento e Inovação, Márcio César; o coordenador Leonardo Machado, representando o Sistema Faeg/Senar/Ifag; o presidente da Associação dos Produtores de Soja, Milho e Outros Grãos Agrícolas do Estado de Goiás (Aprosoja), Joel Ragagnin; o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e do Instituto Goiano de Agricultura (IGA), Carlos Moresco; a pesquisadora Gisele Vilela, representando a direção da Embrapa Territorial; a superintendente Raíssa Rodrigues, representando a Secretaria da Retomada, e demais representantes de entidades com instituições de pesquisa, de ensino e do segmento agropecuário. Além deles, o chefe de gabinete, Renato Faria, e o superintendente de Produção  Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, apresentaram detalhes do Programa Estadual de Bioinsumos.

SAIBA MAIS
Lista completa de órgãos, empresas e instituições que participaram da reunião:

Embrapa Arroz e Feijão
Embrapa Territorial
Embrapa Cerrados
Embrapa Hortaliças
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade de Rio Verde (UniRV)
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Instituto Federal Goiano (IF Goiano)
Faculdade Sul-americana (Fasam)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg)
Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS)
Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural, e Pesquisa Agropecuária (Emater)
Secretaria da Retomada
Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg)
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás)
Conselho Estratégico do Programa Nacional de Bioinsumos
Associação Goiana de Produtores de Algodão (Agopa)
Associação dos Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja)
Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
Banco do Brasil

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)

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