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Sai Cel Av Mioni e assume Cel Av Gustavo Pestana Garcez

Fonte: Assuntos Militares

Aconteceu na última quinta-feira (12), a troca de comando da Ala 2 (Base Aérea de Anápolis – Baan). A designação foi publicada no diário oficial da união datado de 19 de setembro de 2019 (de acordo com a portaria no. 1.647/GC1 do Comandante da Aeronáutica Tenente Brigadeiro do Ar Carlos Moretti Bermudez. Então Major, Bermudez estava no comando de uma das aeronaves Mirage F-103 que recepcionaram o inesquecível Airton Senna ao adentrar o espaço aéreo brasileiro após a conquista do tricampeonato mundial de fórmula 1 em 1991 ( https://www.youtube.com/watch?v=jo0Qv3TD6DI). A cerimônia contou com desfile militar, revista à tropa e entrega de medalhas e foi presidida pelo Comandante de Preparo (COMPREP) Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral e contou com a presença de autoridades civis e militares e dos familiares. O Coronel Aviador Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues foi substituído pelo também Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez. Em seu pronunciamento o Coronel Aviador Mioni agradeceu o apoio de todas a instituições anapolinas. “Gratidão, este é meu sentimento, nesta hora que deixo o comando desta importante unidade militar. Agradeço a todos da família Ala 2, disse o ex-comandante. Já Garcez ressaltou que visa fortalecer ainda mais a importância da Ala 2 para o país”. ”Recebo com muito entusiasmo esta função e pronto para trabalhar, ainda mais, pela segurança do espaço aéreo brasileiro, com o apoio de todos”.

História.

A Base Aérea de Anápolis (hoje denominada ALA 2) começou a ser projetada no final da década de 60. Estudos realizados à época pelo Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Sisdacta), apontaram que o Município reunia condições necessárias – principalmente climáticas – para a implantação da unidade da aeronáutica. A construção do complexo aeronáutico começou em nove de fevereiro de 1972. Em março daquele ano, na França, era realizado o primeiro voo do Mirage com o cocar da Força Aérea Brasileira. No mês de maio, oito pilotos brasileiros foram para Dijon participar dos treinamentos visando adaptação às aeronaves recém-adquiridas e ficaram conhecidos como os “Dijon Boys”.

Com a vinda da Base Aérea, Anápolis foi elevada à condição de área de interesse da Segurança Nacional. E, de acordo com a legislação da época, não poderia eleger os seus mandatários políticos. Os prefeitos eram indicados. Com a redemocratização do País, os anapolinos reconquistaram o direito de eleger os seus representantes para o Executivo Municipal.

Em 27 de março de 1973, foi realizado em Anápolis o primeiro voo do supersônico F-103 Mirage, fato que oficialmente deu início às atividades da 1ª. Ala de Defesa Aérea (1ª. Alada). Mais tarde, ela foi transformada no 1º Grupo de Defesa Aérea (GDA), também denominado Grupo Jaguar. Este grupo tem como missão, executar operações de defesa aérea, como o propósito de impedir a utilização do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis contra seu território ou contrários aos interesses nacionais.

A partir de julho de 2002, a Base Aérea de Anápolis passou, também, a sediar o 2º e 6º Grupo de Aviação, integrantes do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), com as modernas aeronaves R99-A e R99-B, equipadas com radares e equipamentos de sensoriamento remoto.

Desde o início de 2017, a Base Aérea de Anápolis (BAAN) mudou de denominação, passando a se chamar ALA 2. Essa mudança foi decorrente do processo de reestruturação organizacional da Força Aérea Brasileira. Com a Portaria nº 1.362/GC3, foi criado e ativado o Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (3º GDAAE), “Grupo Defensor”, com a finalidade de ser empregado na Ação de Defesa Antiaérea, subordinado operacionalmente ao Núcleo da Brigada de Defesa Antiaérea (NuBDAAE) e administrativamente à Base Aérea de Anápolis (BAAN), agora ALA 2.

O Esquadrão Carcará (1º/6º GAV), sediado em Recife (PE), também foi transferido para Anápolis. A unidade tem 65 anos de existência, atuando em ações de reconhecimento aéreo e busca e salvamento em todas as regiões do Brasil. Operou as lendárias aeronaves B-17, as “Fortalezas Voadoras”, o RC-130 Hércules, R-95 Bandeirantes e, na atualidade, opera o R-35A/AM Learjet, realizando missões de reconhecimento por imagens e reconhecimento eletrônico.

1° Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) , transferido do Rio de Janeiro, o primeiro a operar o KC-390.

Alexandre Alves – Repórter Fotográfico
Site Assuntos Militares.

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