“Momento não é de discutir nomes, mas sim projetos”  

Fernando Cunha também afirma que tucanos querem constituir chapa proporcional de peso, para tentar dobrar número de cadeiras na Câmara Municipal de Anápolis a partir de 2017

 MARCOS VIEIRA

 O presidente do PSDB de Anápolis, vereador Fernando Cunha, afirma que o debate sobre possíveis nomes que possam disputar a prefeitura em 2016 só vai acontecer depois que o partido tiver formatado um projeto de governo. Para ele, é muito cedo para apontar nomes ao eleitor. Assim que foi escolhido para comandar o diretório municipal tucano, Fernando Cunha afirmou que tinha como proposta aproximar o PSDB das bases. É justamente isso que ele defende agora. O PSDB também quer reforçar sua chapa proporcional, com mais nomes para disputar cargo de vereador, dobrando o número de cadeiras na Câmara Municipal. Fernando Cunha conversou com o JE nessa última semana. Confira.

Há uma discussão de nomes que possam vir a disputar a eleição do ano que vem. Qual a opinião do senhor em relação a isso?

Isso foi discutido dentro do PSDB e nós da Executiva do partido chegamos à conclusão que o momento não é de nomes, mas sim de projetos para a cidade de Anápolis. Quando assumimos falamos que temos vários pré-candidatos, o PSDB tem bons nomes já experimentados que podem concorrer ao Executivo com chance de ganhar a eleição, com gabarito e apoio muito grande do governo do Estado, mas esse não é o momento. Estamos preocupados em fortalecer uma chapa proporcional, depois discutir um projeto para a cidade de Anápolis. Vamos nos preocupar primeiro com o projeto que o partido irá apresentar, até porque temos uma eleição em 2016 totalmente em aberto. Depois desse projeto apresentado iremos discutir a questão de nomes. Até porque temos que consultar o governo do Estado de Goiás, que é um governo próximo à cidade de Anápolis, e a partir daí sim escolher um nome. Mas nosso foco agora é a filiação da chapa proporcional e um projeto para a cidade de Anápolis.

Como fazer para que a disputa pela cabeça de chapa não se configure em racha?

No PSDB tivemos uma eleição tranquila da Executiva Municipal. Temos um deputado federal [Alexandre Baldy] que, lógico, faz parte de todo esse processo; temos membros da Executiva que estão no governo estadual, desempenhando papeis importantes em diferentes áreas; temos uma vereadora que já está bastante experimentada, tem vários mandatos. Ou seja, nós temos bons quadros. O certo é que iremos discutir nomes de uma forma tranquila, e esse escolhido será ungido por toda a Executiva e por toda a base do PSDB, inclusive pelo governo. Mas lembro que o momento é de elaborar um projeto consistente, construído junto da sociedade. Depois dessa apresentação desse projeto que iremos apresentar o nome de nosso candidato.

O governador tem aliados na cidade que são de outros partidos, mas fazem parte da base. E esses partidos lançam candidato com interesse de ter o apoio de Marconi Perillo. Isso dificulta para o PSDB?

Nesse momento temos vários nomes colocados, mas até lá haverá o afunilamento. E iremos conversar com todos os partidos da base do governador. Sabemos que outros partidos têm lançado nome, têm procurado se viabilizar, mas até o próximo ano muita coisa vai acontecer. O PSDB como partido do governador, com os nomes que tem e um projeto consistente, com certeza irá lançar cabeça de chapa em 2016.

Qual o projeto para ampliar o número de cadeiras na Câmara Municipal?

O foco nosso nesse momento é a filiação para que a gente consiga isso. Hoje temos duas cadeiras e queremos no mínimo duplicar isso. A Executiva toda tem trabalhado junta para que consiga o máximo de pré-candidatos que possam fortalecer os quadros do partido.

Que tipo de candidato o PSDB busca para formação dessa chapa?

Estamos trabalhando com ex-vereadores, com lideranças novas, com suplentes de vereadores. Enfim, estamos trabalhando com uma quantidade de pessoas que queira vir para o PSDB, que concorde com o ideal do partido, que tenha um projeto para a cidade de Anápolis, que esteja preparada para assumir mandato de vereador, com ideias de projetos de lei que venham acrescentar para a população. Então estamos trabalhando em várias áreas. O diretório municipal quer o máximo de filiados com condições de se candidatar e que sejam competitivos.

O governo federal do PT não vai bem, isso é óbvio com as notícias que nos chegam diariamente. Mas se fala muito que o PSDB tem feito uma oposição do ‘quanto pior melhor’. O senhor comunga dessa ideia?

Não vejo dessa forma. Até porque o governo do PT vai mal pelas suas próprias pernas. O brasileiro sente isso no bolso diariamente. Não precisa do PSDB para denegrir ou derrubar o governo do PT. Eles mesmos se derrubam, até mesmo porque a gente vê críticas vindas dos próprios quadros petistas. São cobranças muito duras direcionadas à presidente da República, vindas do seu próprio partido. Eles mesmos estão sentido isso na pele e estão vendo o clamor da população para que essa mudança ocorra o quanto antes. Sou contra o impeachment, mas vejo que as eleições de 2018 passam pela eleição de 2016. Isso tem que ficar claro na cabeça do eleitor. Para que a gente consiga trocar a presidência da República em 2018, tirar o PT do poder, temos que começar a tirar o PT a nível municipal. E isso vai acontecer com certeza em Anápolis.   

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